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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

 Nota da falecimento, participação e convite!


                O grão-vizir daquele reino em consonância com o Reizinho, determinou e  não abre mão o  horário de 'trabalho " dos diretores escolares,  diretores

Matutino - 7:00 ás 12h30m. 
Vespertino - 13:00 às 17h45m.
Noturno - 18:45 às 22h30m.
              
                Obviamente quem quiser continuar trabalhando que siga á risca ou correrá o risco de ser riscado,
( perdoem-me o trocadilho).
                As reuniões com aqueles poucos  que ainda não se olharam no espelho, que estavam sendo  feitas à portas POUCO fechadas, agora serão nas escolas, onde funcionários poderão se olhar e apontar o que lhes desagradam em seus superiores. PSICOLOGIA PURA! FREUD ACUDA! E se, alguém descordar  que jogue a toalha, entregue o cargo e VIRE PIADA.
               Se o município não tiver um bom índice no Ideb/ Prova Brasil, a culpa não é das centenas de alunos que foram desumanamente lançados  nas séries seguintes sem saberem ler, porque REPROVAR ALUNO, não pode!  A culpa será dos aplicadores da Prova Brasil, mal treinados pela coordenação local que, claro,  não está sob a batuta do poderoso Grão-Vizir.
              Naquele reino, diretor top de linha, tem que ser parente de algum amigo ou de um algum funcionário direto. Os demais são   isso, "só resto", incompetentes, faltosos, ladrões, incapazes. Ah, não custa lembrar, eles só têm  utilidade a cada 4 anos.
               Parabéns Reizinho, continue seguindo os conselhos do sábio Grão-Vizir, em menos de  um ano você colherá os doces frutos ofertados por eles, seus amigos  e suas famílias.
              " Cumprir com o prometido é algo nobre, agradecer é divino. Nós não somos completos, há algo maior e melhor do que somos e temos. "
                 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011



Se o  Reizinho daquela cidadezinha  visse esta matéria...
saberia que a beleza está nos olhos de quem vê.



E
scola tem a cara do diretor                            

Claudio de Moura Castro
Percorreu as periferias de São Paulo uma inglesa, calejada inspetora de escolas na sua terra. Não é surpresa o descalabro que encontrou nas escolas visitadas. Contudo, eram ótimas algumas poucas, da mesma rede e operando com as mesmas regras. Não só tinham bibliotecas e computadores, mas mostravam bom desempenho. Por que seria? Para quem é do ramo, é um segredo de polichinelo: elas tinham um diretor carismático e inspirado. Ou seja, o futuro de centenas de alunos estava nas mãos de uma só pessoa.
Não é assim só na Terra Brasilis, pois ouvi de um vice-ministro dinamarquês que um bom diretor, em dois anos, conserta uma escola atrapalhada. O diferente aqui é que o bom diretor tem de ser um portento. Os desafios são formidáveis. Nesse cargo, ele não contrata, não demite, não premia, não pune e não administra recursos substanciais. Em suma, ele quase não manda. Não há bons sistemas de gestão nem preparação correta para o cargo. Pior, o diretor escolar comanda um exército de “imexíveis” (aliás, só em Cuba é viável se ver livre de maus professores). Na mais reles empresa, o gerente tem armas de gestão bem mais poderosas.
Diante de uma dieta tão magra de poder, como fazem os excelentes diretores para se destacar do resto? É o carisma, é a capacidade de sedução. Se não dá para mandar, é preciso conquistar pelo charme, pelo magnetismo pessoal. Ora, são escassos os que possuem tais atributos de personalidade mais os conhecimentos administrativos para gerir uma escola. Os poucos diretores com tal perfil conseguem excelentes resultados. Ainda assim, com quem não quer nada, a sedução é impotente.
E não é só isso. Como era o estudo de F. Abrucio, grande parte do tempo do diretor vai para cuidar de merenda, disciplina, consertos e conflitos, ou seja, tarefas menores, diante do desafio de melhorar o nível de aprendizado dos alunos. Apesar de ele trabalhar nos fins de semana, quase nada de tempo e energia sobra para dedicar à educação.
Não fossem esses óbices o bastante, o processo de seleção em nada favorece a busca daqueles que têm esse perfil quase impossível. Para a terça parte dos diretores brasileiros, ainda escolhidos no troca-troca da política local, falta apenas redigir o epitáfio da educação, nas escolas em que isso ocorre. Concursos são uma opção honesta, mas pouco inspirada, pois é difícil capturar capacidade de liderança e sedução em provas escritas. A eleição jamais foi adotada em países de educação séria. Entre nós, pode até ser melhor que a escolha política, mas os candidatos fazem acordos e assumem compromissos, perdendo autonomia e isenção durante seu mandato. Quando a política partidária pisa na escola, a seriedade da instituição sai escorraçada. Fórmulas mistas, combinando provas e eleição, têm-se mostrado uma promessa. É preciso tentar novos modelos que, de resto, existem em outros países. Gerentes de loja escolhidos pelos métodos da escola em poucas semanas levariam o negócio à falência, com parcas exceções.
Aliás, como vamos saber por antecipação quem poderia virar um bom diretor? Simplesmente não sabemos. Mas, logo ao entrarmos na escola de um dos bons diretores, percebemos que a atmosfera é diferente. É a plantinha na janela, é o quadro pendurado, é o banheiro limpo, é o tapetinho na entrada da secretaria, é a ausência de grafite e de vidraças partidas, são os horários respeitados. E, naturalmente, é o bom astral de professores e alunos. Um secretário que tivesse uma lâmpada mágica, dessas que só permitem um desejo, tomaria uma decisão sábia se usasse sua cota de milagres para achar um excelente diretor. Nada traria tanto benefício para os alunos.
É preciso fornecer ao diretor os instrumentos administrativos, a formação adequada para o cargo e uma maior área de manobra. Bem sabemos, a real autonomia das escolas é um dos fatores mais proximamente associados a bons resultados acadêmicos. Não se trata de deixar o diretor fazer o que lhe der na telha, mas especificar de modo centralizado aonde se quer chegar. Deveria ser uma prioridade nacional desmontar um sistema que, para dar certo, requer virtuosos da sedução e gênios da administração de sistemas desorganizados. 
Matéria publicada na revista Veja - edição 2239 - nº 42 - 19 de outubro de 2011


domingo, 9 de outubro de 2011

 No reino encantado... parte I

          
               Era uma vez ...  um lugarzinho no meio do nada,  governado por um jovem rei,  um reizinho e sua bela e formosa esposa, que sofria muito por não  encontrar serviçais  à altura para servi-los no palácio real, apenas plebeias que  mal alfabetizadas   bradavam aos sete cantos:
 _ Muié  os  vrido tá  xujo,  o qui nóis faiz com  as frôr, da rainha?
             
         Mal sabia a pobre rainha que essas plebeias estudavam nas escolas  do reino  comandadas por um Grão-Vizir, homem habilidoso, bom no trato com as  pessoas  e cheio de boas intenções, tanto que naquele reino não haviam estudantes reprovados, todos “passavam de ano”, mesmo que nada soubessem;  pais e mães não  escolhiam a escola para matricular seus filhos pois "ele" bondoso que era, fazia esse trabalho pesado. As escolas erem todas pintadas, com mobiliário novo, banheiros em perfeitas condições de uso, merenda de qualidade, funcionários na ativa, todos absolutamente, gestores valorizados e bem tratados. 
        Nesse reino, educação era coisa séria e tudo era perfeito, exceto alguns maus funcionários, que eram punidos publicamente  e banidos para  o mundo dos espelhos onde passavam a eternidade a se perguntar:  que reino é esse?